“Eu vi um menino correndo, Eu vi o tempo brincando ao redor
Do caminho daquele menino, Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei, O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei….”
Posso dizer que fui uma criança que pude brincar.
Casinha, mamãe, bonecas, médica, advogada, cantora, aeromoça empresária, secretária….
E mesmo atrelando a todas as profissões, sempre voltei para casa de brincadeira, para cuidar dos filhos e marido.
Essa projeção sempre foi algo muito real e acredito de verdade que corri atrás desse plano que um dia era um faz de conta.
Conversando com meu companheiro – esse mesmo da foto com minha filha. Me lembrei de  uma conversa que tivemos, logo depois da descoberta da gravidez e da descoberta de vir uma menina. Me deparei com o olhar esbugalhado e uma carinha toda amassada transbordando desespero por ser – Pai, por ter um bebê e uma menina!
Disse a ele para ele, depois da pergunta: Amor, eu sou menino! como vou cuidar de uma menina e brincar?
O que eu vou fazer? com muito amor, respondi: uai! vai cuidar e brincar da mesma forma o que importa se vai ser menina ou menino?
é uma criança, é o nosso bebê nossa filha!
Nada vai mudar!

E assim foi… Uma força que parecia estranha no inicio, foi transformando em zelo, cuidado, parceria, amor.
Não tinha dia, hora, lugar… ali estava ele… de choros a fraldas… em casa ou em shoppings.
Ele gostou de brincar! gostou de estar ao lado da filha, da nossa filha.

E quando olho para ele, mesmo depois de 9 anos dessa foto.
Vejo o mesmo homem! parceiro, amigo, cuidador…
As atividades mudaram… mais o respeito a presença de todos os dias, nem as rotinas mais desafiadoras tiraram o foco.

Aprendi a ser mulher, esposa, mãe ao lado dele.
E hoje, amadureço na mesma intensidade em que nossa pequena cresce.

O que vejo? é o que gosto!

O que desejo? Que nada mude!
Desejo a você minha querida seguidora, que você busque esse olhar para seu parceiro, companheiro…
E que tenha essa rede de apoio estendida a todos os filhos.

Gratidão, Universo!
Por mais homens, pais que possam crescer brincando saudavelmente para se tornar homens extra ordinários.
Mariksa Ungerer

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